9 de dez. de 2013

2ª Tópica do amar

Bem-me-quer
Mal-me-quer
Bem-me-quer
Mal-estar
Bem-estar
Mal-me-estar
Bem-me-estar
Mal-me-quer
(Bem-me-quer, Mal-estar)

1ª Tópica do amar

Bem-me-quer
Mal-me-quer
Bem-me-quer
Mal-estar
Bem-estar
Mal-me-quer
Bem-me-quer
Mal-me-quer
Bem-estar
Mal-estar

10 de out. de 2013

Do pó do corpo ao pó do grafite

Tenho tentado investir nos meus estudos em ufologia
Não por que acredito
Mas porque os quero no corpo

E quando me perguntam se acredito
Sinto como se discutisse um sonho
Com certeza discuto o futuro
Mas não discuto os sonhos

Os sonhos são pequenos diante do mundo
poeira argila terra mundo
Então eu já lhe disse meu amor
Não viva pelo sonho

Não viva por nada
Ou viva apenas pelo nada
Porque sempre é o paradoxo que nos traz o vazio cabal?

Vazio todos sentimos
Teve um tempo onde o que mais corri foi dele
- E eu cheguei perto!

Quem esteve ali sabe
O louco, o vagabundo, o perdido
Palavras que carregam tanta força, fragilidade e inveja

Nunca precisei de evidências para o meu saber
precisei de Imaginação empática
Como não preciso de prova para saber que somos tão pequenos
Diante do espaço

A busca por ufos, galáxias e o Verso
Ameniza minhas dores banais
E me enche profundamente de esperança

Mas esta esperança que eu lhes digo não sente saudade do futuro
Ela é um ponto a frente do que está.

Sempre fiquei por aí
Em um ponto a frente no presente ou em um ponto atrás

Bem perto daquilo que não se pode responder, ler ou dizer
- Mas tentamos! -
Alma (aguá) ou espírito (sopro)

E ontem antes de dormir olhei para o céu e vi aquelha velha "panelinha" de infância
Aquelas estrelas em um quadrado perfeito
E quando criança - que é quando me fazia valer o olho - lembro de vêr as estrelas como um mero desenho

Normatizar as coisas é dom do humano
Uma tábula raza que se enche de conhecimento
E olha através deles

Uma vez ouvi de um chef de cozinha que havia tomado o desafio de servir pratos para crianças
Refutar
Porque a criança vê - come - enxerga - tudo em bloco
Não tem refinamento para identificar os detalhes

Pobres delas e felizes também

Pois pelos nuances perdemos o todo
E com certeza o todo é feito de nuances
Dificil não?
É o paradoxo do vazio completo

Mas eu não achei normal aquelas estrelas em formato tão organizado
Eu sei que há atração entre uma e outra, e que isto cadencia e rege o sistema
E isto é exatamente o que destrói um ser querer normal!

Pelo amor do universo!
Quando nos aproximamos de alguém também não sentimos o magnetismo poeiril?
Saber entender estas distâncias é sentir aproximar a pequena poeira cósmica ao todos

Mas estamos sempre a frente ou atrás do tempo

Eu mesmo que caminhei por estas águas
E digo sem receio que me misturei
Me sinto atrapalhado com este corpo
Sentindo morte e vida em mim

não sei o que serei
além de um mito forjado
perdido entre pecado e preconceito
de tantas palavras que sei - que é o minimo que posso dizer -
Estarei sempre na memória

até o fim

30 de ago. de 2013

Bonito é ser feliz

João Goma, ou Ganso como lhe chamavam, estava na cama com uma mulher pela primeira vez.
De fato esta mulher não era uma, ou mais uma, era Marta.

Ganso sempre amou Marta. Ele via ela sair do corredor do colégio com um sorriso leve de olhar ao encontro das árvores. Mal sabia ele que era o passarinho que Marta olhava, mas Ganso foi admirando aquela mulher com carinho.

Ele não procurou nada sobre Marta, se achava um intrometido ao menor saber controlado que tinha de sua amada. Para ele, Marta era tão doce como o caminhar da vida, que precisa aparecer nos detalhes. E foi depois de muito tempo que finalmente ele teve uma oportunidade.

Naquela viagem de turma, não sei porque cargas d´aguas o colocou ali, ao lado dela, em um evento qualquer de música alta. E os dois não estavam gostando. A turma estava, e logo se encarregaram de os deixar sozinhos, pois eles eram os chatos. Dois tontos, desgostosos com o entorno continuavam ali, para não fazer desfeita.

Quase não trocaram palavras.

Mas o que era carga pulou, e Ganso quando viu, havia tomado a mão de Marta e saído intrépido em meio as falanges dos tristes para um local com menos distúrbio. O tolo deixou pequenas e inúmeras ansiedades para enfrentar por inteiro a sua gigante e pertinente perturbação, o sábio.

E eis que agora estão na cama e ele falha. Depois de tudo, de tantas provas de que ele próprio não era para Marta: um canalha, um usurpador, um patife. Logo agora que o mesmo Agora foi descartado pelo momento de ser o Sempre.

Mas Marta desta vez era quem alimentava a chama tola da ampulheta. Aquela que perde o poder de ver a areia passar em virtude de manter os grãos no centro, no eterno girar do momento duradouro. E foi por isto que Marta o abraçou ainda mais, movendo assim seu encontro e sua satisfação para nada mais, que não seja seu..

o prazer.

21 de jul. de 2013

A tropa dos tolos.

O homem chega nos trinta e o tempo é outro. Trinta parece uma porcentagem confortável de ser. Mas pro homem que segue a linha do homem bom, é tarde. Ele, e eu, estamos cansados do mesmo sábado. Como é que suportamos afinal?

- O que esperamos do sábado, quando toda vez, esperamos igual?

Já pensou Guedes? Aquele tempo de tomar uma bala na cara que carregava o sábado inteiro por nós, já passou. Ainda estamos aqui no sábado. E há um divórcio e um casamento, porque hoje é sábado. E há mais de nove bilhões de pessoas (muito mais) que atravessaram o seu sábado como se este sabat de bruxas fizesse diferença pra qualquer alguém como nós (o todos qualquer).

Eu, e você, somos iguais(!) a qualquer destas tristes pessoas que na história não registraram o seu nome. E vou lhe dizer! Nem os que tiveram o seu nome lineados em bocas da história viveram melhor do que qualquer desvio! É só história pra contar! É só uma genitália para transar (Em um dia sabadal qualquer)! É só mais um dia para perder.

Mas viver mesmo é dentro de um verso tênue que quer mesmo se esquecer..

A viva delicadeza de uma mulher, em uma nupcia sem tempo com o íntegro desejo de manter do homem.. quem sabe casa uma paixão? Em pathos (patologia) a nos tirar os olhos de nossa neurótica compreensão do desejo brutal de "eu" e de "você".

Mesmo que seja tão tola como qualquer religião de amor. Nós esperamos mais homens que sirvam de ilusão, inconsequentes mas prestantes, a quem te queira, ser mulher.

28 de mai. de 2013

Quero que neste poema imagine você

Está em luto de um amor machucado, deixado na noite, quando aparece alguém. Inteligente que és o reconhece e sabes bem que é pessoa de bem. “Alguém!” - você diz; Que diz que vai ser singular no universo fechado dos “não são você”. Mas é má sorte de um prematuro parto.


Quem diabos iria querer nascer neste mundo de (a)deus; Apressado?!

9 de mai. de 2013

Uma história dobre minha vida de amor recente (A si Olvidar)

   Ou será que este sofrer de agora você pen(S)a. A paz aquieta o ânimo (nodicionário). E o ânimo é como faz falar a alma, o pulsar, a vida anímica, em suma: tua usina de força! E é assim velho. O que te faz pensar que era menos angustiado que os antigos? Nossa palavra nasceu bem antes, e caminhamos sempre tão distantes, daquele suspiro final. E é certo que ele será igual a qualquer outro que tiveres em vida.

   Trago sempre minha história e o convivio com meus amigos. Não sei se disse isto antes mas repito. Este cara comeu mulher demais. E eu lhe disse assim:

  • Amigo, acho que entre tantos homens que já vi, você foi o que de longe, mais comeu (defradou) as mulheres (silenciamente pensei: mastigou e cuspiu).
  • Pô G. Que isso.. você também é... (e aí tirei o ouvido pois não estabeleci ali um papo de vaidade)

   Quando o homem terminou o discurso lhe disse:
  • Não estava te elogiando amigo.
   Pois para mim este homem não vive. Segue o jogo posto de uma mensagem que circula e prende nossa já suficiente imbecil existência. Sei o que este homem quer, comer o suficiente hoje que se sente jovem, para quando viver o velho, dizer que existiu. Cruel que sou lhe disse assim:

  • Parece que hoje vive pelo amanhã, para amanhã viver pelo passado. Acho que assim, tu nunca existirá. (Mas em meu pensamento libertador disse-lhe assim:)

   Então já que lhe fiz faca a palavra, veja que há alma em teu corpo! Ou qualquer outro nome bagaceiro que lhe valha o ser. Sei que de vez em quando, esta força nos parece vir e que logo se perde. Mesmo que este fracasso se revele em dois ou dez anos você nunca perde o tempo..

Revele-se.

Esqueça-se.

Um tanto.

   Ou amanhã conta histórias de ontem, ou de hoje faz um ontem só para contar amanhã.

19 de jan. de 2013

Um texto para exaltar o sofrimento como milagre


Fomos nós mesmos que criamos tudo isto? Desde aquela primeira verdade, no ciúme da lança da serpente, que inventamos tanto? E neste tanto hoje não conseguimos fugir mais? Quem está comigo para ao menos balançar a linha? Mas é dificil..

Vejo pessoas de todos os tipos. E quase todos seguem uma linha. Falei para um grande irmão que eu sei que cresceu demais ao amar um homem. E aí viveu?! E se jogou como um tolo inseto que somos a correr o mais rápido em direção ao muro. E aí morreu?! Amigo lhe pergunto.. Só porque foi aí que tu morreu (o que de certo cria realidade à nossa tão dificil de apalpar sofrida-existência) tens que agora, como renascido, seguir esta linha? É o sofrimento de morte que nos faz vivos? (será?)

Sofrida! Sofrida! Que maldição carrega esta palavra. Que só quer nos dizer passagem. Só e Frida. O amor é sempre de quem consegue se sentir ato! Mas sempre procuramos ser coisa. Não vai dar certo para nós. Não haverá perdão para quem desperdiça o amanhecer em alguma feira da semana.

Penso naqueles que morreram. Como o Osho envenenado. Osho.. Uma pausa para falar sobre sua história. Um homem rico, santo, iluminado antes dos dezoito. Em sua vila andava de elefante e foi para os estados unidos da américa. Talvez este nome seja a única verdade deste povo. São estados tão diferentes, unidos em dividir toda a América roubada dos Apaches, Mexicanos.. Acirema! É nosso povo! Nós também somos os acirema, os americanos (ao contrário).

E este grande Osho-mensagem conseguiu viver em um terreno no estado unido do Oregon a união total com aqueles que são divididos. Desculpem-me, falarei com palavras de razão para criarmos fogo. Diz que o Osho tinha muitos seguidores (ricos-pobres) e que neste terreno, no centro do império, revolucionaram uma nova comunidade onde as pessoas não dividiam e sim compartilhavam seu solo e foi prestante.

Mas o sistema regente funciona pela divisão e eles disseram: - Como deixar no meio do império se criar o sonho de que podemos ser diferentes? (yes we can). E então o Osho foi preso. Acusado de ser um charlatão e um sonegador. Em seu nome estavam rolls royces e rolexs não regularizados..

Muito tempo atrás, Jesus Cristo em suas longas jornadas viu esgotar toda a provisão do grupo e, como liderava pobres e ricos, fez um poderoso discurso de compartilha a fazer os nobres doarem sua provisão particular. É o milagre dos pãos! Muito mais milagre do que creemos hoje, e também menos em se tratando de devoções exageradas. A vida é um milagre! Provavelmente ele deve ter dito.

E também o Osho tinha os ricos, que o seguiram e o apoiaram na construção de uma utopia. Mas o império o jogou para fora do seio-fetiche e o mesmo teve de sair. Tentou a vida em alguns países da europa mas a pressão internacional dos (des)unidos o fizeram não poder situar.. até morrer de intoxicação alimentar.

Quem acredita?

Mas eu sei que o Osho morreu no ato! E Jesus Cristo também. E que amar também é estar em paz com o vazio. Estar em paz com nossa pertencente solidão. Sobrevivente que sou, ainda perco meu sono em comoção afetiva. Mas deixo estas perguntas do ato para nós:

  1. Pelo que vale a pena viver?
  2. Pelo que vale a pena morrer?

Um abraço.